José Timóteo Giaccardo, sacerdote paulino, italiano, pertence à
Congregação da Pia Sociedade de São Paulo. A originalidade de sua vida está em
ter sido o primeiro sacerdote da Família Paulina e um fidelíssimo discípulo do
Fundador, Padre Tiago Alberione. Nasceu em Narsole, norte da Itália. Sua
família era pobre de bens materiais, mas rica de fé e virtudes cristãs. Em 1908
José encontrou-se pela primeira vez com o jovem padre Tiago Alberione que, em
Narzole estava dando sua colaboração na paróquia. Padre Alberione, percebendo
no pequeno José profunda piedade e grande vontade de ser padre; encaminhou-o
para o seminário da diocese de Alba.
Tendo como guia espiritual
padre Alberione, em 1917 José Timóteo entrou na "Obra de São Paulo"
fundada em 1914 por seu mestre e cuja finalidade específica era a evangelização
por meio da imprensa, a principal mídia da época. Desde cedo José Timóteo
mostrou-se uma pessoa de profunda vida interior, desejosa de ser cada dia
melhor e ajudar seus semelhantes no bem. Por isso com grande fé acatou as
orientações de Padre Alberione que indicava uma nova forma de santidade e de
evangelização.
José Timóteo, movido pela fé,
foi fiel companheiro da "primeira hora", seguidor incondicional e
colaborador ativo do Fundador da então nascente Família Paulina. Acompanhou
todas as obras e todas as pessoas com grande perspicácia e sensibilidade. Além
de alguns livros, deixou como preciosa herança espiritual um
"Diário", rico da presença de Deus e desejos profundos de santidade
para si mesmo e para todos. Sua fé em Deus e amor à missão fazia dele uma
pessoa autêntica e radical. Lemos em seu "Diário": "Ó Jesus,
quero viver de tua vida, transforma-me. Quero ser "outro Jesus" na
minha vida e com todas as pessoas".
Diante das grandes
dificuldades para a aprovação da Congregação das Discípulas do Divino Mestre
(uma das congregações fundadas por Alberione) que se dedicam à missão
eucarística, missão sacerdotal e missão litúrgica, padre Timóteo não mediu
esforços nem súplicas. Diante das respostas negativas não hesitou em oferecer a
própria vida para garantir a existência na Igreja desta congregação, certamente
querida por Deus.
E o importante é que Deus
aceitou a oferta. Foi assim que ele, acometido por leucemia, veio a falecer
alguns dias após a aprovação pontifícia das Discípulas do Divino Mestre, no dia
24 de janeiro de 1948. A aprovação chegara no dia 12 de janeiro de 1948.
Dele escreveu o Fundador:
"De 1909 a 1914, quando a Divina Providência preparava a Família Paulina,
ele, embora não entendendo tudo, teve clara intuição da obra. As luzes que
recebeu da Eucaristia, sua fervorosa devoção Mariana, a reflexão sobre os
documentos pontifícios o iluminaram sobre as necessidades da Igreja e sobre os
meios modernos para anúncio do Evangelho".
Sua
festa litúrgica se comemora dia 24 de
janeiro.
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