Cipriano era filho de uma nobre e rica família
africana de Cartago, capital romana na no norte da África. Foi considerado um
dos personagens mais empolgantes e importantes do século III. Primeiro pelo
destaque alcançado como advogado, quando ainda era pagão. Depois por ser
considerado um mestre da retórica e defensor irrestrito da unidade da Igreja.
Mas o fator principal foi sua conversão ao cristianismo, já na maturidade,
entre os trinta e cinco e quarenta anos de idade, causando um grande alvoroço e
espanto na sociedade da época.
Cipriano não deixou apenas sua vida de pagão, mas também distribuiu quase
toda a sua fortuna entre os pobres, renunciando à ciência profana da qual se
alimentara até então. Com muito pouco tempo, foi ordenado sacerdote e, por
eleição direta do clero e do povo, imediatamente substituiu o bispo de Cartago
logo após sua morte. Cipriano o fez contrariando seu próprio desejo, mas em
obediência à Igreja.
Por causa de sua radical conversão muitos ficaram espantados já que era
bem popular. Com pouco tempo foi ordenado sacerdote e depois sagrado bispo num
período difícil da Igreja africana. Duas perseguições contra os cristãos
ocorrerem: a de Décio e Valeriano. Ambas marcaram seu começo e seu fim e uma
terrível peste andou pelo norte da África, semeando mortes. Problemas
doutrinários, por outro lado, agitavam a Igreja daquela região.
Diante da perseguição do imperador Décio em 249, Cipriano escolheu
esconder-se para continuar prestando serviços à Igreja. No ano 258, o santo bispo
foi denunciado, preso e processado. Existem as atas do seu processo de martírio
que relatam suas últimas palavras do saber da sua sentença à morte.
São
Cipriano deixou-nos inúmeros escritos, entre os quais oitenta e uma cartas que
se tornaram uma fonte de informação preciosa da vida eclesiástica daquele
tempo. A Igreja declarou-o padroeiro da África do Norte e da Argélia, sendo sua
festa litúrgica marcada para o dia 16 de setembro, quando se comemora a festa
do santo papa Cornélio, o amigo de fé que ele tanto defendeu.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário