Francisco Xavier nasceu no castelo da família em Xavier, no Reino
de Navarra, a 7 de Abril de 1506, segundo o registro mantido pela sua família.
Filho de famílias aristocráticas Navarras, era o filho mais novo de Juan de
Jasso e de Maria de Azpilicueta y Xavier, única herdeira de duas famílias
nobres de Navarra.
Houve grandes batalhas no Reino
de Navarra. A família de Francisco está do lado da resistência ao invasor
estrangeiro, mas a conquista consolida-se em 1515, quando Francisco tem oito
anos. Durante muito deste período conturbado, Francisco não se encontrava em
casa. O pai de Francisco morrera quando este tinha apenas nove anos e sua mãe,
querendo que o filho estudasse, procurara enviá-lo para a universidade. No
entanto, apesar das boas universidades castelhanas, como a de Salamanca e a de
Alcalá, a mãe de Francisco não desejara naturalmente instruí-lo nas escolas do
invasor, pelo que, aos catorze anos, o enviara para o Colégio de Santa Bárbara,
em Paris, dirigido pelo português Diogo de Gouveia.
Estudou Letras, laureando-se
na prestigiosa universidade parisiense. Teve a felicidade de viver no mesmo
quarto da pensão, com Pedro Favre, que como ele se tornará jesuíta e será
beatificado, e com outro estudante importante, Inácio de Loyola, tornando-se um
dos primeiros jesuítas. Inácio descobrira aquela alma: Coração tão grande e
alma tão nobre - disse-lhe - não se satisfazem com efêmeras honras terrenas. “A
Sua ambição deve ser a glória que dura para sempre". No dia da Assunção de
1534, na cripta da Igreja de Montmartre, Francisco Xavier, Inácio de Loyola e
outros cinco companheiros se consagraram a Deus fazendo voto de absoluta
pobreza e decidiram ir à Terra Santa para de lá iniciarem a sua obra
missionária, colocando-se para tudo sob a inteira disposição do Papa.
Francisco tomou o caminho de
Roma onde colaborou com Inácio de Loyola na redação das Constituições da
Companhia de Jesus. A convite do rei de Portugal, foi escolhido missionário e
legado pontifício para as colônias portuguesas nas Índias orientais, ele foi o
fundador das missões no Oriente, era chamado o Paulo do Oriente. Em dez anos percorreu
a Índia, a Málaga, as Molucas e ilhas ainda no estado selvagem: "se não encontrar um barco, irei a nado",
dizia Francisco, e acrescentava: "Se
naquelas ilhas existissem minas de ouro, os cristãos lá se precipitariam. Mas
não existem senão almas para serem salvas". E foi, depois de quatro
anos para o Japão, onde, em meio a dificuldades imensas, estabeleceu o primeiro
núcleo de cristãos, plantando em toda a parte a semente da Palavra de Deus.
Seu grande desejo era poder
ser missionário e converter a grande nação chinesa. Mas nesse lugar estava
proibida a entrada aos brancos da Europa. Ao fim conseguiu que o capitão de um
navio o levasse a ilha deserta de São Cian, a 100 quilômetros de Hong - Kong,
mas ali o deixaram abandonado, adoeceu e consumido pela febre, morreu a beira-mar,
no dia 3 de dezembro de 1552 aos 46 anos
de idade. Em sua vida missionária administrou o batismo a mais de trinta
mil convertidos.
Anos mais tarde, seus
companheiros da congregação quiseram levar seus restos a Goa, e encontraram seu
corpo incorrupto, conservando-se assim até nossos dias. São Francisco Xavier
foi declarado santo pelo Sumo Pontífice em 1622 junto com a Santa Teresa, Santo
Ignácio, São Felipe e São Isidro.
O
Papa Pio X nomeou a São Francisco Xavier como Patrono de todos os missionários
porque foi sem dúvida um dos maiores missionários que existiram, sendo chamado
com justa razão o "gigante da
história das missões".
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