Nossa Senhora de Guadalupe
(em espanhol Nuestra Señora de Guadalupe, em náuatle Nicān Mopōhua),
também chamada de Virgem de Guadalupe, é um culto mariano originário do México.
É considerada pelos católicos a padroeira da Cidade do México (1737), do México
(1895), da América Latina (1945) e imperatriz da América (2000). Sua origem
está na aparição da Virgem Maria a um pobre índio da tribo Nahua, Juan Diego
Cuauhtlatoatzin, em Tepeyac, noroeste da Cidade do México, em 9 de Dezembro de 1531.
Assim como todas as aparições
de Nossa Senhora pelo mundo, essa é também uma história emocionante de muita fé
e devoção. Talvez esta seja uma das mais comoventes, pelo milagre operado no
episódio e pela dúvida lançada por um Bispo sobre sua aparição a um simples
índio mexicano Juan Diego Cuauhtlatoatzin.
Tudo se passou em 1531, no
México, quando os missionários espanhóis já haviam aprendido a língua dos
indígenas. A fé se espalhava lentamente por essas terras mexicanas, cujos
rituais astecas eram muito enraizados. O índio Juan Diego havia se convertido e
era devoto fervoroso da Virgem Maria. Assim foi o escolhido para ser o portador
de Sua mensagem às nações indígenas. Nossa Senhora apareceu à ele várias vezes.
A primeira vez quando o índio
passava pela Colina de Tepyac, próximo à Cidade do México, atual capital, a
caminho da igreja. Maria lhe pediu que levasse uma mensagem ao Bispo. Ela
queria que naquele local fosse erguida uma capela em sua honra. Emocionado o
índio procurou o Bispo João de Zumárraga e contou-lhe o ocorrido. Mas o
sacerdote não deu muito crédito à sua narração, não dando resposta se iria, ou
não iniciar a construção.
Passado uns dias Maria
apareceu novamente a Juan Diego, que desta vez procurou o Bispo com lágrimas
nos olhos, renovando o pedido. Nem as lágrimas comoveram o Bispo, que exigiu do
piedoso homem uma prova de que a ordem partia mesmo de Nossa Senhora.
Deu-se então o milagre. Juan
Diego caminhava em direção à capital por um caminho distante da Colina onde
anteriormente as duas visões aconteceram. O índio, aflito, ia à procura de um
sacerdote que desse a extrema unção a um tio seu, que agonizava. De repente
Maria apareceu à sua frente, numa visão belíssima. O tranqüilizou quanto à
saúde do tio, pois avisou que naquele mesmo instante ele já estava curado.
Quanto ao Bispo, pediu a Juan Diego que colhesse rosas no alto da colina e as
entregasse ao religioso. João ficou surpreso com o pedido, porque a região era
inóspita e a terra estéril, além de que, o país atravessava um rigoroso
inverno. Mas obedeceu e novamente surpreso encontrou muitas rosas,
recém-desabrochadas. João colocou-as no seu manto e, como a Senhora ordenara,
foi entrega-las ao Bispo, como prova de sua presença.
E assim fez o fiel índio. Ao
abrir na frente do Bispo o manto cheio de rosas, ele viu se formar impressa uma
linda imagem da Virgem, tal qual o índio a descrevera antes, mestiça.
Espantado, o Bispo seguiu João até a casa do tio moribundo e este já estava de
pé, forte e saudável. Contou que Nossa Senhora "morena" lhe aparecera
também, o teria curado e renovado o pedido. Queria um santuário na colina de
Tepyac, onde sua imagem seria chamada de Santa Maria de Guadalupe. Mas não
explicou o porquê do nome.
A fama do milagre se espalhou.
Enquanto o templo era construído, o manto com a imagem impressa ficou guardado
na capela do paço episcopal. Várias construções se sucederam na colina,
ampliando templo após templo, pois as romarias e peregrinações só aumentaram
com o passar dos anos e dos séculos.
O local se tornou um enorme Santuário abriga a imagem de Nossa Senhora na famosa Colina e ainda se discute o significado da palavra Guadalupe. Nele está guardado o manto de Santo João Diego, em perfeito estado apesar de passados tantos séculos. Nossa Senhora de Guadalupe é a única a ser representada como mestiça, com o tom de pele semelhante ao das populações indígenas. Por isso o povo a chama carinhosamente de "La Morenita", quando a celebra no dia 12 de dezembro, data da última aparição.
O local se tornou um enorme Santuário abriga a imagem de Nossa Senhora na famosa Colina e ainda se discute o significado da palavra Guadalupe. Nele está guardado o manto de Santo João Diego, em perfeito estado apesar de passados tantos séculos. Nossa Senhora de Guadalupe é a única a ser representada como mestiça, com o tom de pele semelhante ao das populações indígenas. Por isso o povo a chama carinhosamente de "La Morenita", quando a celebra no dia 12 de dezembro, data da última aparição.
Foi
declarada padroeira das Américas, em 1945, pelo Papa Pio XII. Em 1979, como
extremado devoto mariano, o Papa João Paulo II visitou esse Santuário e
consagrou solenemente toda a América Latina a Nossa Senhora de Guadalupe.
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