São Sabas nasceu em Mutalasca, perto de Cesaréia de Capadócia, no
ano 439. Passou alguns anos no mosteiro da sua cidade, tendo seguido em 457
para o mosteiro de Jerusalém, fundado por Passarião, que não julgou, todavia
condizente com suas aspirações.
Sabas era um cristão exemplar com virtudes de obediência e humildade e
amava cantar hinos nas igrejas e decorar os altares. Seu desejo por castidade
era tão grande que ele até mesmo se refreava em falar com mulheres a menos que
fosse absolutamente necessário. Mais que tudo, Sabas amava a verdade. Sabas
denunciou a prática de alguns cristãos que pretendiam comer carne oferecida aos
deuses pagãos embora na verdade os animais não tinham sido sacrificados aos
deuses e era um “falso arranjo” com alguns oficias corruptos. Ele disse
que esses cristãos deveriam renunciar a sua fé por esta falsidade. Por isto ele
foi forçado em exílio, mas mais tarde foi permitido retornar.
Mas ao contrário de muitos
monges, que abandonavam o próprio convento para correr às cidades grandes,
antes que viver uma vida edificante, Sabas, desejoso de solidão, durante uma
estada em Alexandria, pediu e obteve a licença de retirar-se para uma gruta, comprometendo-se
a voltar todos os sábados e domingos para fazer vida comum no mosteiro.
Cinco anos mais tarde, em 478,
voltando a Jerusalém, fixou o seu domicílio no vale do Cedron, em uma gruta
inacessível, aonde só por meio de cordas se chegava. Aquela escadinha (de
cordas), ao que parece, revelou seu esconderijo a outros monges, desejoso como
ele de solidão, e em breve, como um enxame, as grutas inóspitas, na parede rochosa,
povoaram-se de solitários, mas não ociosos habitantes.
Nascia assim a Grande Laura,
isto é, um dos mais originais mosteiros da antigüidade cristã. Sabas, com
grande paciência e ao mesmo tempo com indiscutivel autoridade, governou aquele
crescente exército de eremitas organizando-o segundo as regras de vida
cenobita, já fixada por são Pacômio, um século antes. Para que a autoridade do
santo abade tivesse um ponto de referência na autoridade do bispo, o patriarca
de Jerusalém ordenou-o sacerdote em 491. Sabas, não obstante a predileção pelo
absoluto isolamento do mundo, não se subtraiu as suas tarefas sacerdotais.
Fundou outros mosteiros, entre os quais um Emaús e tomou parte ativa na luta
contra os monofisitas, chegando a ponto de mobilizar seus monges numa expedição
para opor-se ao estabelecimento de um bispo herege, enviado a Jerusalém pelo
imperador Anastácio.
Em uma perseguição contra os
cristãos, Athanarius e suas tropas
entraram onde Sabas dormia o prenderam. Eles o tiraram da cama sem permitir que
se vestisse acabaram de despi-lo e o acoitaram e o arrastaram sobre um solo
cheiro de pedras.
Ao nascer do sol ele disse aos seus perseguidores “Você não me
arrastaram através de solo duro e cheio de pedras? Veja se meus pés estão
feridos ou se os socos que me deram deixaram qualquer impressão no meu corpo”.
Seu corpo não tinha nenhuma marca de arranhões ou hematomas. O que deixou seus
carrascos furiosos e eles o levaram para um "rack" improvisado em uma
casa próxima e o esticaram.
Sebas recusou a oportunidade de escapar quando a dona da casa o
desamarrou a noite. Ele passou o resto da noite ajudando a mulher a preparar os
alimentos para a sua família. No dia seguinte foi pendurado pelos dedos em dois
madeirames da casa e ofereceram carne de animais que haviam sido
sacrificados aos ídolos. Ele recusou . Um dos escravos de Atharidus bateu com a
ponta de sua queixada de Javali, no peito de Sabas, com tal força que todos os
presentes pensaram que ele havia morrido. Mas ele estava sem nenhum ferimento.
Nesta hora Athanridus declarou que Sabas fosse afogado.
Sabas falou aos seus carrascos: “Eu vejo o que vocês não podem ver: Eu
vejo uma pessoa do outro lado do rio pronto para receber a minha alma, Ele
somente espera o momento que ela deixar o meu corpo”. Em seguida ele foi
amarrado a um poste e enfiado de cabeça para baixo no Rio Buzau (Mussovo) até
que estivesse morto.Esta morte por madeira e água, disse um dos estudiosos, é
exatamente o símbolo da salvação pois é o símbolo do batismo e da cruz.
Depois que ele morreu, eles os retiraram d’água e deixaram sem
enterrá-lo, mas cristãos das proximidades protegeram seu corpo dos animais e
aves predadoras.
Morreu
a 5 de dezembro de 532 e toda a
região quis honrá-lo com esplêndidos funerais. Em Roma, no século VII, surgiram
no Aventino, por meio de monges gregos, um mosteiro e uma basílica a ele
dedicados, que deram nome a todo o bairro.
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