Eleito com o nome de Leão I foi um dos maiores pontífices da
história do cristianismo Embora pouco se saiba sobre sua biografia anterior ao
período que ocupou a Cátedra de Pedro, é venerado por sua profunda sabedoria,
suas extraordinárias virtudes e sua brilhante direção, como relatam os
historiadores e teólogo.
Leão nasceu por volta do ano
400, na região Toscana, onde está situada a cidade de Roma. Tornou-se sacerdote
muito jovem e fez carreira consolidada num trabalho brilhante. Em 430, já era
arcediacono e depois foi conselheiro dos Papas Celestino I e Xisto III. Era tão
respeitado e conceituado que, após a morte deste último Papa, foi eleito para
substituí-lo Com o título de Leão I, assumiu o governo da Igreja em agosto do
ano 440.
Eram tempos difíceis. Por um
lado, o Império Romano se esfacelava e já não conseguia conter as hordas de
bárbaros que invadiam e saqueavam seus domínios. Por outro lado, a Igreja
enfrentava divisões e dissidências doutrinárias em seu interior. Um panorama
tão sombrio, que só não levou o Ocidente ao caos por causa da atuação de Leão I
nos dois terrenos: o espiritual e o material.
Na esfera espiritual, ele
permaneceu firme defendendo as verdades do catolicismo frente às grandes
heresias que sacudiram o século V e atuou, participando de discussões,
encontros e concílios. Foi nessa época que escreveu um dos documentos mais
importantes para a fé: a "Carta dogmática a Flaviano", o patriarca de
Constantinopla, defendendo as posições ortodoxas do cristianismo. "Pedro
falou pela boca de Leão", diziam os sacerdotes da Igreja que acabavam
concordando com os argumentos. Estão guardados mais de cem, dos seus sermões, além
de cento e quarenta e três cartas contendo ensinamentos sobre a fé cristã,
seguidos e respeitados ainda hoje.
Já no plano material era o
único que poderia conseguir, graças ao seu prestígio e eloqüência, que o
terrível rei Átila, comandante dos bárbaros hunos, não destruísse Roma e a
Itália. A missão poderia ser fatal, pois Átila já invadira, conquistara e
destruíra a ferro e fogo o norte do país. Mesmo assim Leão I foi ao seu encontro
e saiu vitorioso da situação. Mais tarde foi a vez de conter os vândalos que,
liderados pelo chefe bárbaro Genserico, entraram em Roma. Também, só não
atearam fogo à cidade eterna e não dizimaram sua população graças à atuação do
grande pontífice.
Não
existem relatos sobre os seus últimos dias de vida. O Livro dos Papas diz que Leão I governou vinte e um anos, um mês e
treze dias. Faleceu no dia 10 de
novembro de 461 e foi sepultado na basílica de São Pedro em Roma. O Papa
Bento XIV o proclamou doutor da Igreja em 1754. Leão I foi o primeiro Papa que
recebeu o título de "o Magno".
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