Frei Diogo de Alcalá nasceu de pais humildes por volta do ano 1400, em
São Nicolau do Porto em Andaluzia, onde passou os anos juvenis em solidão e
penitência. O jovem autodidata da ascese cristã levava vida eremítica às
margens do povoado natal, dedicando-se à meditação e à oração. No ano de 1441
foi enviado como missionário às ilhas Canárias, onde dirigiu por quatro anos o
convento franciscano de Forteventura, apesar de ser apenas irmão leigo. No ano
seguinte peregrinou a Roma para assistir à canonização de São Bernardino de
Sena. Hóspede do convento de Aracoeli, foi retido em Roma por grave epidemia,
que o viu na vanguarda da obra assistência aos doentes, unindo ao exercício
prático da caridade os dons carismáticos de que era dotado para a cura dos
atingidos pela epidemia. Voltando a Espanha, continuou desenvolvendo os mesmos
encargos de porteiro e cozinheiro em vários conventos, o último deles foi o de
Alcalá de Henares, perto de Madri.
O humilde e obediente Frei
Diogo, em se tratando de fazer o bem aos pobres, não hesitava em privar-se do
próprio pão para levá-lo escondidamente a algum mendigo. E Deus mostrou que
gostava desse gesto fazendo-o encontrar a cestinha de pães cheia de rosas. O
prodígio foi recordado muitas vezes nas imagens populares ou nas Igrejas
franciscanas da Espanha, ou ainda nos dois ciclos de pinturas dos célebres
Murillo e Aníbal Caracci.
Frei Diogo de Alcalá morreu em
12 de novembro de 1463. Foi canonizado em 1588 por Sisto V. É um dos santos
mais populares da Espanha e da América Latina. É representado no humilde hábito
de irmão leigo franciscano, com batina de saco, cordão e chaves para indicar
suas funções de porteiro e cozinheiro do convento.
Sua festa é celebrada em 13 de novembro.
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