A Memória que a Igreja celebra
hoje não foi encontrada fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas
algumas pistas no chamado Proto-evangelho de Tiago, Livro de Tiago, ou ainda,
História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos
possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 534,
perto do templo de Jerusalém.
Os manuscritos não canônicos,
contam que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu
Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo
Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente, quanto no
Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com
muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica, por isso esta festa
aparece no Missal Romano a partir de 1505, onde busca exaltar a Jesus através
daquela muito bem soube isto fazer com a vida, como partilha Santo Agostinho,
em um dos seus Sermões:
“Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria,
que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que
dela nos nascesse a salvação; criada por Cristo antes que Cristo nela fosse
criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela
ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade em ser discípula
do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o
Mestre, trazia-o na mente ".
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