sábado, 17 de novembro de 2012

Santa Isabel da Hungria

Isabel da Hungria era princesa, foi rainha e se fez santa. Era a filha do rei André II da Hungria e da rainha Gertrudes de Merano, atual território da Itália. Nasceu no ano de 1207, e naquele momento foi dada como esposa a Luís, príncipe da Turíngia, atual Alemanha. Desde os quatro anos viveu no castelo do futuro marido, onde foram educados juntos.

O jovem príncipe Luís amava verdadeiramente Isabel, que se tornava cada dia mais bonita, amável e modesta. Ambos eram católicos fervorosos. Luís admirava a noiva, amável nas palavras e atitudes, que vivia em orações e era generosa em caridade com pobres e doentes.

A mãe de Luís, não gostava da devoção da sua futura nora, assim tentou convencer o filho de desistir do casamento, alegando que Isabel seria uma rainha inadequada politicamente. A própria corte a perseguia, devido a seu desapego e simplicidade cristã. Mas Luís foi categórico dizendo preferir abdicar do trono a desistir de Isabel. Certamente a amava muito.

No castelo de Wartenburgo, quando atingiu a maioridade ele foi corado rei e se casou com Isabel, que se tornou rainha aos catorze anos de idade. Ela foi a única soberana que se recusou a usar a coroa, símbolo da realeza, durante a cerimônia realizada na Igreja. Alegou que diante do nosso Rei coroado de espinhos, não poderia usar uma coroa tão preciosa. Foi assim, que o então rei Luís IV acompanhou a seu desejo e se tornou rei sem colocar a sua coroa também, diante de Cristo.

Foi um casamento feliz. Ele era sincero, paciente, inspirava confiança e era amado pelo povo. Nunca colocou obstáculos à vida de oração, penitência e caridade da rainha, ao contrário era seu incentivador. Em Marburgo, Isabel construiu, o Hospital de São Francisco de Assis para os pobres e doentes leprosos. Além de ajudar com seu dinheiro muitos asilos e orfanatos, os quais visitava com freqüência.

Depois de seis anos a rainha Isabel ficou viúva, com três filhos pequenos. O rei Luís IV, participando de uma Cruzada morreu antes de voltar para a Alemanha. A partir de então as perseguições da corte contra ela aumentaram. A tolerância quanto à sua caridade e dedicação religiosa, acabou de vez. E o cunhado para assumir o poder, a expulsou do palácio junto com os três reais herdeiros ainda crianças.

Isabel ingressou então na Ordem Terceira de São Francisco e se dedicou à vida de religião e à assistência aos leprosos no hospital ela própria havia construído. Algum tempo depois, entretanto, os cavaleiros que tinham acompanhado o Duque da Turíngia à cruzada voltaram, trazendo seu corpo. Corajosamente enfrentaram os Príncipes, irmãos do duque falecido e exprobaram-lhes a crueldade praticada contra a viúva de seu próprio irmão e contra seus sobrinhos. Os príncipes não resistiram às palavras dos cavaleiros e pediram perdão a Santa Isabel e a restauraram em seus bens e propriedades.

Henrique ficou como Regente de ducado durante a menoridade do sobrinho mais velho, o novo Duque soberano, porém Isabel preferiu viver na pobreza absoluta, o que muito desejava, retirou-se para o Hospital de Marburgo onde prestou assistência direta aos pobres e doentes e onde veio a falecer poucos anos depois, em 1231, com apenas 24 anos e onde foi sepultada com grandes honras. Na Alemanha, também seu marido Ludwig e sua filha Gertrudes são honrados como santos.

Isabel da Hungria faleceu no dia 17 de novembro de 1231, com apenas vinte e quatro anos de idade, em Marburgo, Alemanha. Quatro anos depois, em 1235, foi canonizada pelo Papa Gregório IX. A Ordem Franciscana Secular a venera como sua padroeira na festa celebrada no dia de sua morte.



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