domingo, 3 de fevereiro de 2013

São Brás

São Brás (em francês: Blaise) foi um mártir, bispo e santo católico que viveu entre os séculos III e IV na Armênia.

Brás nasceu na Armênia, era médico, sacerdote e muito benevolente com os pobres e cristãos perseguidos e por essas virtudes foi nomeado bispo de Sebaste , isto no século três. Também sabemos que, apesar de aqueles anos marcarem os finais das grandes perseguições aos cristãos, muitos ainda torturados e mortos na mão dos poderosos pagãos. Brás abandonou o bispado e se protegeu na caverna de uma montanha isolada e mesmo assim, depois de descoberto e capturado, morreu em testemunho de sua fé sob as ordens do imperador Licínio, em 316.

A vida e os feitos de São Brás atingem aquele ápice de alguns poucos, que atraem a profunda fé e a admiração popular. Ele é venerado no Oriente e Ocidente com a mesma intensidade ao logo de séculos, e até hoje, mães aflitas recorrem à sua intercessão quando um filho engasga ou apresenta problemas de garganta. A bênção de São Brás, procurada principalmente por quem tem problemas nesta parte do corpo, onde é ministrada nesta data em muitas igrejas do mundo cristão.

O prodígio atribuído a ele quando era levado preso, para depois ser torturado, é dos mais conhecidos por pessoas de todo o planeta. Consta que uma mãe aflita jogou-se aos seus pés pedindo que socorresse o filho, que agonizava com uma espinha de peixe atravessada na garganta. O santo rezou, fez o sinal da cruz sobre o menino e este se levantou milagrosa, e imediatamente como se nada lhe tivesse acontecido.

Muitas tradições envolvem seus prodígios, graças e seu suplício. Segundo elas, fama de sua santidade rodou o mundo ainda enquanto vivia e sua morte foi impressionante. O bispo Brás teria sido terrivelmente flagelado e torturado, sendo por fim pendurado em um andaime para morrer. Como isso não acontecia primeiro lhe descarnaram os ossos com pentes de ferro. Depois tentaram afogá-lo duas vezes e, frustrados, o degolaram para ter certeza de sua morte.

O corpo do santo mártir ficou guardado na sua catedral de Sebaste da Armênia, mas no ano 732 uma parte de suas relíquias foram embarcadas por alguns cristãos armênios que seguiam para Roma.

Nessa ocasião uma repentina tempestade interrompe a viagem na altura da cidade de Maratea, em Potenza; e ali os fieis acolhem as relíquias do santo numa pequena igreja, que depois se tornaria sua atual basílica e a localidade receberia o nome de Monte São Brás.

Mais recentemente, em 1983 no local da igrejinha inicial foi erguida uma estátua de São Brás, com a altura de vinte e um metros. Como já foi dito, do Oriente ao Ocidente, todo mundo cristão se curva à devoção de São Brás nomeando ainda hoje cidades e locais, para render-lhes homenagem e veneração.

A Igreja o celebra no dia 3 de fevereiro.



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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Apresentação do Senhor

A Apresentação de Jesus no Templo, celebrada no dia 2 de fevereiro, celebra um episódio da infância de Jesus. Na Igreja Ortodoxa e em algumas Igrejas Católicas Orientais, ela é uma das doze Grandes Festas, e é por vezes chamada de Hypapante (literalmente "Encontro", em grego), Outros nomes tradicionais são Candelária, Purificação da Virgem e Encontro do Senhor. Na Igreja Católica Romana, a festa é uma das maiores, realizada entre a Festa da Conversão de São Paulo, no dia 25 de janeiro, e a Festa do Trono de São Pedro, em 22 de fevereiro.

No rito latino da Igreja Católica, a Apresentação de Jesus no Templo é o quarto Mistério Gozoso do Santo Rosário. Com a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, esta festa tem sido referida como a festa da Apresentação do Senhor.

Este episódio foi descrito em Lucas 2:22-40). De acordo com o evangelho, Maria e José levaram o Menino Jesus para o Templo de Jerusalém quarenta dias depois do nascimento para completar o ritual de purificação de Maria após o parto e para realizar a redenção do primogênito, de acordo com a Torá. Lucas explicitamente afirma que José e Maria escolheram a opção disponível para os pobres (os que não podiam comprar um cordeiro), sacrificando «Um par de rolas ou dois pombinhos.» (Lucas 2:24). Levítico 12:1-4) indica que este evento deve se realizar quarenta dias após o nascimento de um menino, daí a Apresentação ser celebrada quarenta dias depois do Natal.

Ao trazer Jesus até o Templo, eles encontraram Simeão. O evangelho relata que Simeão recebeu uma promessa de que ele «ele não morreria antes de ver o Cristo do Senhor.» (Lucas 2:26). Simeão então entoou uma oração que ficaria conhecida como Nunc Dimittis (ou "Cântico de Simeão"), que profetiza a redenção do mundo por Jesus:

Agora tu, Senhor, despedes em paz o teu servo Segundo a tua palavra; Porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste ante a face de todos os povos: Luz para revelação aos gentios, E glória do teu povo de Israel.” (Lucas 2:29-32)

Simeão então profetizou a Maria: “Este é posto para queda e para levantamento de muitos em Israel, e para sinal de contradição. (também uma espada traspassará a tua própria alma), para que os pensamentos de muitos corações sejam revelados”. (Lucas 2:34-35)

A idosa profetisa Ana também estava no Templo e ofereceu orações e glórias a Deus, contando a todos os que estavam por ali sobre Jesus e seu papel na redenção de Israel (Lucas 2:36-38).



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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Santa Veridiana ou Verdiana

A virgindade consagrada a Deus foi sempre tida em grande honra na igreja, que vê nela um dos grandes sinais de doação a Deus. Renunciar aos atrativos da carne, sublimar os afetos mais caros a uma mulher, como sua vocação à maternidade, é uma opção que somente Cristo conseguiu obter.

Veridiana nasceu em 1182, nos arredores da cidade de Florença. O nome desta santa em Florença é muito conhecido, pois está ligado ao presídio feminino da cidade, que a tomou como protetora, por uma simples razão: por muitos anos, Veridiana foi reclusa voluntária, como penitente e contemplativa.

Era filha de uma família nobre, mas nunca se aproveitou dos seus títulos de nobreza, pensando com São Paulo que dizia: “Mas o que era para mim lucro eu o tive como perda, por amor de Cristo. Mais ainda: tudo eu considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus meu Senhor” (Fl 3,7-9).

Sua inclinação era para a piedade, a meditação das verdades divinas, e sua ocupação preferida era servir aos pobres. Jovem inteligente foi aceita por um tio, rico comerciante, na qualidade de administradora de seus negócios, que consistiam no comércio de cereais no atacado.

A jovem, porém, tinha um tino administrativo no sentido evangélico, que a levava a dar generosamente aos pobres, a estes pobres que serão os amigos, que nos receberão no Reino de Deus.

Conta-se deste período de sua vida um fato, em parte lendário, mas que define a caridade heróica de Veridiana. Era um ano de grande escassez de víveres. Veridiana, certo dia, distribuiu aos pobres os cereais que o tio se comprometera de vender. O comprador veio buscar a mercadoria paga, mas esta não existia mais! A decepção do tio foi grande, mas, perante as recriminações dele, Veridiana pediu o prazo de um dia para recolocar toda a mercadoria no seu lugar. Ela passou a noite em oração e em práticas de penitência e, na manhã seguinte, o tio encontrou novamente o armazém cheio de cereais. A honra do tio foi salva; o freguês também ficou satisfeito, mas quem mais se alegrou foi Veridiana ao ver seus pobres famintos saciados!

Veridiana, porém, sentia que sua vocação não era a de administradora; experimentava uma grande atração para a vida solitária, de oração, contemplação e penitência. Deixou, então, o tio e empreendeu o caminho laborioso, sacrificado e humilhante dos peregrinos, que era um tanto moda, naquele tempo, para as almas penitentes.

Viajou ao santuário de Santiago, em Compostela, na Espanha. A caminhada foi cheia de peripécias: foi obrigada a viver de esmolas, expor-se a todas as intempéries, andar descalça. Mas tudo aceitou, em espírito de penitência. Depois desta longa viagem, peregrinou aos túmulos dos apóstolos Pedro e Paulo. Seus pés andaram demais, sua constituição física ficou abalada, e de volta à sua terra natal, em Castelfiorentino fechou-se definitivamente numa cela construída ao lado duma capela, dedicada a Santo Antão abade. Lá se entregou, por 34 anos, a uma vida de solidão, de oração e de penitência. Seu alimento era pão e água, que umas piedosas pessoas lhe ofereciam. Sua vida foi uma total consagração a Cristo e aos irmãos a quem ajudou com conselhos e orações.

Faleceu em 1242, e o povo a aclamou e venerou logo como santa, tendo sido construído um belo templo no lugar da cela onde viveu em memória e apelo aos valores espirituais e eternos que ela encarnou.



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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

São João Bosco


João Melquior Bosco nasceu no dia 16 de agosto de 1815, numa família católica de humildes camponeses em Castelnuovo d'Asti, no norte da Itália, perto de Turim. Órfão de pai aos dois anos de idade, cresceu cercado do carinho da mãe, Margarida, e amparo dos irmãos. Recebeu uma sólida formação humana e religiosa, mas a instrução básica ficou prejudicada, pois a família precisava de sua ajuda na lida do campo.

Aos nove anos, teve um sonho que marcou a sua vida. Nossa Senhora o conduzia junto a um grupo de rapazes desordeiros que o destratava. João queria reagir, mas a Senhora lhe disse: "Não com pancadas e sim com amor. Torna-te forte, humilde e robusto. A seu tempo tudo compreenderás". Nesta ocasião decidiu dedicar sua vida a Cristo e a Mãe Maria; quis se tornar padre. Com sacrifício, ajudado pelos vizinhos e orientado pela família, entrou no seminário salesiano de Chieri, daquela diocese.

Inteligente e dedicado, João trabalhou como aprendiz de alfaiate, ferreiro, garçom, tipógrafo e assim, pôde se ordenar sacerdote, em 1841. Em meio à revolução industrial, aconselhado pelo seu diretor espiritual, padre Cafasso, desistiu de ser missionário na Índia. Ficou em Turim, dando início ao seu apostolado da educação de crianças e jovens carentes. Este "produto da era da industrialização", se tornou a matéria prima de sua Obra e vida.

Neste mesmo ano, criou o Oratório de Dom Bosco, onde os jovens recebiam instrução, formação religiosa, alimentação, tendo apoio e acompanhamento até a colocação em um emprego digno. Depois, sentiu necessidade de recolher os meninos em internatos-escola, em seguida implantou em toda a Obra as escolas profissionais, com as oficinas de alfaiate, encadernação, marcenaria, tipografia e mecânica, repostas às necessidades da época. Para mestres das oficinas, inventou um novo tipo de religioso: o coadjutor salesiano.

Em 1859, ele reuniu esse primeiro grupo de jovens educadores no Oratório, fundando a Congregação dos Salesianos. Nos anos seguintes, Dom Bosco criou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e os Cooperadores Salesianos. Construiu, em Turim, a basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, e fundou sessenta casas salesianas em seis países. Abriu as missões na América Latina. Publicou as Leituras Católicas para o povo mais simples.

Dom Bosco agia rápido, acompanhou a ação do seu tempo e viveu o modo de educar, que passou à humanidade como referência de ensino chamando-o de "Sistema Preventivo de Formação". Não esqueceu o sonho de menino, mas, sobretudo compreendeu a missão que lhe investiu Nossa Senhora. Quando lhe recordavam tudo o que fizera, respondia com um sorriso sereno: "Eu não fiz nada. Foi Nossa Senhora quem tudo fez".

Morreu no dia 31 de janeiro de 1888. Foi beatificado em 1929 e canonizado por Pio XI em 1934. São João Bosco, foi proclamado "modelo por excelência" para sacerdotes e educadores. Ecumênico, era amigo de todos os povos, estimado em todas as religiões, amado por pobres e ricos; escreveu: "Reprovemos os erros, mas respeitemos as pessoas" e se fez, ele próprio, o exemplo perfeito desta máxima.


A Igreja celebra a festa de São João Bosco no dia de sua morte, 31 de janeiro.



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